segunda-feira, 13 de abril de 2015

STILL ALICE ( Para sempre Alice) - Filme


Depois de algum tempo sem postar nada no blog ( correria... falta de tempo mesmo...) voltei para falar do filme que marcou o final de semana: Still Alice Para sempre Alice). Esse drama traz como protagonista ninguém menos que a minha queridíssima Juliane Moore no papel de uma professora de Linguística renomada que se vê em um quadro de Alzheimer precoce no auge dos seus cinquenta anos. No elenco também temos a Kirsten Stewart e o Alec Baldwin.

O filme começa nos apresentando nossa protagonista como uma mulher extremamente bem sucedida profissionalmente, sendo requisitada por várias universidades para dar palestras, escritora consagrada no campo da comunicação com um livro que se tornou imprescindível em qualquer curso que lidasse com o tema. Logo em seguida somos apresentados à sua vida pessoal, com um marido que a adora e três filhos frutos desse casamento, enfim... tudo estava de fato completo na vida dela, no entanto o destino, com suas brincadeiras sem graça, lhe traz um diagnóstico de uma doença que não tem histórico de aparecer tão cedo... Imaginar uma pessoa que vive de palavras começar a simplesmente esquecê-las foi de partir o coração.


De repente ela não mais se lembrava das receitas, esquecia-se de coisas que fazia cinco minutos atrás, se perdia no campus da universidade onde trabalhou a vida inteira... com certeza não deve ser fácil viver nesse mundo de esquecimento. Uma das cenas que mais me chamou atenção foi quando Alice esquece até mesmo onde fica o banheiro da sua casa chegando inclusive a fazer xixi nas calças.... deve ser muito ruim voltar a depender inteiramente das pessoas, sabendo que num futuro não muito distante, ela não mais se lembraria delas... nem dos filhos, do marido... de ninguém... A sensação de estar em um lugar repleto de pessoas que a gente não conhece agindo como se fossem próximas a nós deve ser desesperadora.


Pra quem por acaso lê meu blog, sabe que eu vivo de dramas né? Então dizer que eu gostei do filme nesse ponto talvez seja extremamente redundante... eu achei singelo... triste... dramático...comovente... difícil encontrar um adjetivo apenas para descrever, mas separei a minha cena favorita:
Nesse pedacinho ela cita o poema da Elisabeth Bishop The art of losing:

One Art

The art of losing isn’t hard to master;
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster.

Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn’t hard to master.

Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these will bring disaster.

I lost my mother’s watch. And look! my last, or
next-to-last, of three loved houses went.
The art of losing isn’t hard to master.

I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn’t a disaster.

—Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan’t have lied. It’s evident
the art of losing’s not too hard to master
though it may look like (Write it!) like disaster.

Então eu suuuuuper indico o filme, principalmente pra quem curte dramas!

;)
Nessa

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