Que a queridíssima Thalita Rebouças tem um jeito especial e totalmente bem humorado de usar as palavras todo mundo já sabia, mas eu particularmente, nunca tinha tido o prazer de ler um livro dela, mas um dia... de bobeira na livraria olhei para a capa desse livro e resolvi que ele tinha que ser meu! rs
Já comecei o livro rindo horrores com a crônica Maldita lei da Gravidade, onde ela começa assim:
" Minha bunda caiu. Do nada. De repente. Assim, sem avisar, sem nem uma preparação, uns tapinhas no ombro ou um chororô. Fui dormir com ela redondinha e alegre. Acordei com ela triste e alasanhada - quadrada e compacta. Em frente ao espelho, que até então era um amigo, assisti calada e estupefata ao bizarro espetáculo das duas bandas despencando rumo ao chão."
Tem como não rir muito?? Na primeira parte do livro intitulada Linda e Magra, Thalita discorre de maneira bem humorada sobre essa parte do universo feminino e é de morrer de rir quando ela decide discorrer sobre as tão temidas celulites afirmando que ela tinha uma que se tornou sua amiga, a infeliz tinha até nome: Fedegunda! rs. Depois de discorrer sobre esses problemas da natureza feminina, a autora resolve entrar no mundo das celebridades e subcelebridades... achei bem bacana a crônica O ex da Nenê, onde ela narra um diálogo que ouvira em um aeroporto enquanto esperava pelo vôo; a conversa era entre uma mãe e sua filha, que tentava explicar para a mãe quem era uma tal de Mariana Fusco, que era apenas a ex do Felipe Dylon, mas pergunta se a mãe da guria sabia que era o Felipe? rs....
A próxima sessão do livro é um conjunto de crônicas onde a Thalita narra fatos engraçados que aconteceram com ela e seu lado hipocondríaco; logo na primeira crônica ela narra o dia em que uma de suas amigas precisava de um acompanhante porque faria uma endoscopia ( Thalita era doida para fazer um exame desses, mas seus médicos nunca pediam) então ela foi ao consultório louca para ver de perto todo o procedimento, não dá nem pra contar toda a confusão, só lendo mesmo! rsrs
Pra terminar, quero falar da crônica que intitula o livro; achei bacana o jeito de ela falar das pessoas que, em bom português, "não tem papas na língua", falam o que pensam e sem pensar muito... A protagonista da crônica é a avó da autora, no entanto ela também conta outros fatos que lhe aconteceram com " pessoas sem filtro", como esse aqui:
"São os adultos sem filtro, um tipo de gente que sempre me intrigou. Algumas pessoas nascem sem a capacidade de peneirar as palavras que lhes vêem à cabeça antes de verbalizá-las, e são capazes de dizerem as maiores atrocidades com cara de paisagem, sem o menor pudor, como uma vendedora de loja que me atendeu quando eu devia ter uns 9 anos ( repetindo, 9 anos... Uma criança!). A gerente se aproximou e disse pra mim:
- Que cabelo bonito você tem!
Ao que a vendedora retrucou antes mesmo que eu agradecesse:
- Bonito não, né? Ela tem muito cabelo. É cheio e armado. Só isso."
E aí gente? Vocês conhecem alguém sem filtro? hehehehe... Eu conheço!
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